quarta-feira, 12 de março de 2014




           
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
PARA PESSOAS COM SURDEZ

            Com objetivo de tornar a escola comum um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os alunos, sem distinção social, cultura, étnica, de gênero ou razão de deficiência e características pessoais, o Ministério da Educação implementa uma política de inclusão que pressupõe a reestruturação do sistema educacional. Atendendo as necessidades educacionais especiais e respeitando seus direitos, a Sala de Recursos Multifuncionais favorecerá o processo de inclusão educacional, trabalhando com os alunos em turno inverso ao ensino regular à que estão matriculados, orientando pais e professores.

            Segundo a Política Nacional de Educação Especial na concepção da Educação Inclusiva, define a Educação Especial, como:

            A  educação é uma modalidade de ensino que perpassa todos           os níveis,  etapas  e   modalidades,  realiza  o  entendimento        educacional  especializado, disponibiliza os recursos e serviços       e  orienta  quanto  a  sua  utilização  no  processo  de  ensino e   aprendizagem  comum  do  ensino  regular (Secretaria  de  Educação Especial, 2008,p.15).”

            Dessa forma, Atendimento Educacional Especializado tem como finalidade de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos que minimize as barreiras para plena participação do aluno, visando a autonomia e independência tanto no conviveu escolar quanto fora, de forma, que não poderá ser confundido com reforço escolar. Da mesma forma que o AEE é garantido por Lei, porém, não é obrigatório, O aluno ou família pode optar pelo atendimento.

            O Atendimento Educacional Especializado para a pessoa com surdez, visa desenvolver atividades no bilingüismo, isto é, o uso da língua de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa nos diversos ambientes.

    “A Proposta Bilíngüe não privilegia uma língua, mas quer                                                        dar o direito e condições ao indivíduo surdo de pode utilizar duas línguas; portanto, não se trata de negação mas de respeito; o indivíduo escolherá a língua que irá utilizar em cada situação lingüística em que se encontra   ( Lorena Kozlowski, p.2)”.

            Segundo Mirlene Ferreira Macedo Damázio, a inclusão dos alunos com surdez deve iniciar na educação infantil até a plena escolarização, garantindo que ela possa desde cedo, utilizar os meios necessários para suprir suas necessidades e usufruir de seus direitos garantidos por Lei.

            As atividades pedagógicas do AEE nas escolas comuns para alunos com surdez devem ser desenvolvidas em um ambiente bilíngüe, ou seja, o uso da língua de sinais e a língua portuguesa. Que deverá desenvolver em três momentos didáticos- pedagógicos.

            O AEE em Libras na escola comum ocorre diariamente no contra turno das aulas do aluno com surdez, no qual o professor ministra suas aulas utilizando a Língua de Sinais nas diferentes modalidades, etapas e níveis de ensino como meio de comunicação.

            O AEE de Libras na escola comum o aluno com surdez terá aula de Libras, beneficiando o conhecimento e a aquisição dos termos científicos da língua. É realizado por professor de Libras (preferencialmente surdo). O atendimento deverá ser planejado após do diagnóstico do conhecimento que o aluno possui da língua de sinais.

            O AEE para o ensino da Língua Portuguesa,  que é desenvolvido preferencialmente por um professor  formado em língua portuguesa. Com a finalidade de desenvolver a competência gramatical ou linguística e textual no aluno com surdez.
           
            A escola, por ser uma instituição mediadora na construção do conhecimento e valores tem o papel de contribuir para construção de um novo conceito de sociedade, onde aceitar, adaptar e respeitar o indivíduo com suas necessidades especiais valorizando suas potencialidades e não focando na sua deficiência.
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            Para corresponder aos propósitos são necessários reorganizar os currículos, adequar objetivos, conteúdos e critérios de avaliação de forma que atenda a diversidade.

            O papel do professor precisa estar atento as necessidades singulares do aluno, analisando suas possibilidades de aprendizagem e os avalie de forma eficácia das medidas adotadas.


Bibliografia:

DAMÁZIO, M.F;FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC,V5,2010.p.46-57

DAMÁZIO, M.F;ALVES, C.B. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Surdez. Capitulo 4. São Paulo; Moderna,2010.