O ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
PARA
PESSOAS COM SURDEZ
Com objetivo de tornar a escola
comum um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os
alunos, sem distinção social, cultura, étnica, de gênero ou razão de deficiência
e características pessoais, o Ministério da Educação implementa uma política de
inclusão que pressupõe a reestruturação do sistema educacional. Atendendo as
necessidades educacionais especiais e respeitando seus direitos, a Sala de
Recursos Multifuncionais favorecerá o processo de inclusão educacional,
trabalhando com os alunos em turno inverso ao ensino regular à que estão
matriculados, orientando pais e professores.
Segundo a Política Nacional de
Educação Especial na concepção da Educação Inclusiva, define a Educação
Especial, como:
“A
educação é uma modalidade de ensino que
perpassa todos os níveis, etapas
e modalidades, realiza
o entendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e
serviços e orienta
quanto a sua
utilização no processo
de ensino e aprendizagem
comum do ensino
regular (Secretaria de Educação Especial, 2008,p.15).”
Dessa forma, Atendimento Educacional
Especializado tem como finalidade de identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos que minimize as barreiras para plena participação do aluno, visando
a autonomia e independência tanto no conviveu escolar quanto fora, de forma,
que não poderá ser confundido com reforço escolar. Da mesma forma que o AEE é
garantido por Lei, porém, não é obrigatório, O aluno ou família pode optar pelo
atendimento.
O Atendimento Educacional
Especializado para a pessoa com surdez, visa desenvolver atividades no bilingüismo,
isto é, o uso da língua de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa nos diversos
ambientes.
“A Proposta
Bilíngüe não privilegia uma língua, mas quer
dar o direito e condições ao indivíduo surdo de pode utilizar duas
línguas; portanto, não se trata de negação mas de respeito; o indivíduo
escolherá a língua que irá utilizar em cada situação lingüística em que se
encontra ( Lorena Kozlowski, p.2)”.
Segundo Mirlene Ferreira Macedo Damázio, a
inclusão dos alunos com surdez deve iniciar na educação infantil até a plena
escolarização, garantindo que ela possa desde cedo, utilizar os meios
necessários para suprir suas necessidades e usufruir de seus direitos
garantidos por Lei.
As atividades pedagógicas do AEE nas
escolas comuns para alunos com surdez devem ser desenvolvidas em um ambiente bilíngüe,
ou seja, o uso da língua de sinais e a língua portuguesa. Que deverá
desenvolver em três momentos didáticos- pedagógicos.
O AEE em Libras na escola comum
ocorre diariamente no contra turno das aulas do aluno com surdez, no qual o
professor ministra suas aulas utilizando a Língua de Sinais nas diferentes
modalidades, etapas e níveis de ensino como meio de comunicação.
O AEE de Libras na escola comum o
aluno com surdez terá aula de Libras, beneficiando o conhecimento e a aquisição
dos termos científicos da língua. É realizado por professor de Libras (preferencialmente
surdo). O atendimento deverá ser planejado após do diagnóstico do conhecimento
que o aluno possui da língua de sinais.
O AEE para o ensino da Língua
Portuguesa, que é desenvolvido
preferencialmente por um professor
formado em língua portuguesa. Com a finalidade de desenvolver a
competência gramatical ou linguística e textual no aluno com surdez.
A escola, por ser uma instituição mediadora
na construção do conhecimento e valores tem o papel de contribuir para
construção de um novo conceito de sociedade, onde aceitar, adaptar e respeitar
o indivíduo com suas necessidades especiais valorizando suas potencialidades e
não focando na sua deficiência.
.
Para corresponder aos propósitos são
necessários reorganizar os currículos, adequar objetivos, conteúdos e critérios
de avaliação de forma que atenda a diversidade.
O papel do professor precisa estar
atento as necessidades singulares do aluno, analisando suas possibilidades de
aprendizagem e os avalie de forma eficácia das medidas adotadas.
Bibliografia:
DAMÁZIO,
M.F;FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional
Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília:
MEC,V5,2010.p.46-57
DAMÁZIO,
M.F;ALVES, C.B. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Surdez.
Capitulo 4. São Paulo; Moderna,2010.